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Cartas resolvem mistérios de Machado

Revista Época (10/12/2009) Segundo volume de “Correspondências…”, traz Machado de Assis em seu período de maior transformação, dos 31 aos 50 anos. por LUÍS ANTÔNIO GIRON.

Sérgio Paulo Rouanet e as pesquisadoras Silvia Eleutério (de azul) e Irene Moutinho na ABL.

“Sérgio Paulo Rouanet e as pesquisadoras Silvia Eleutério (de azul) e Irene Moutinho na ABL.”

 

“Essas particularidades têm vindo à tona com o trabalho de pesquisa que o acadêmico e pensador Sergio Paulo Rouanet e suas assistentes Irene Moutinho e Silvia Eleutério realizam para a Academia Brasileira de Letras (ABL). O primeiro volume da Correspondência de Machado de Assis (1860-1869), lançado em fins de 2008, mostrou a faceta boêmia e conquistadora do jovem Machadinho, ainda em busca de um lugar ao sol no mundo literário do Segundo Reinado, cronista irreverente e incontinente com a polítca e partidário de atrizes e sopranos da moda. O volume que agora é publicado – Correspondência de Machado de Assis – Tomo II – 1870-1889 (Academia Brasileira de Letras, 523 páginas, R$ 40) – traz o escritor em seu período de maior transformação, dos 31 aos 50 anos. As cartas compõem um retrato dinâmico do autor às voltas com a produção de seus primeiros quatro romances no estilo romântico – deRessurreição (1872) a Iaiá Garcia (1878) – ao mestre incontestável da literatura brasileira.

 

A partir da década de 1880, houve uma reviravolta criativa no escritor, que o fez produzir algumas de suas obras-primas, experimentais para o tempo, como o romance Memórias póstumas de Brás Cubas (1881) e o volume de narrativas Casa velha (1885), ambos considerados por estudiosos como o inglês John Gledson o ápice da arte da ironia machadiana.”

 

Correspondência de Machado de Assis – Tomo II – 1870-1889 (Academia Brasileira de Letras, 523 páginas)… leia mais